Sessão de Psicoterapia Individual
- Lindalva M Pereira
- 6 de abr.
- 2 min de leitura
Atualizado: 17 de abr.

A terapia não é um monólogo do paciente, nem um interrogatório do terapeuta. Na verdade, é um bate-papo profundo e estruturado, onde a conversa flui de maneira estratégica.
Às vezes, o terapeuta faz perguntas diretas para ajudar a clarear pensamentos; outras vezes, fica em silêncio, porque até o silêncio pode dizer muito. E tem aqueles momentos clássicos de devolutiva: "E como você se sente em relação a isso?"—não é meme, faz toda a diferença mesmo!
Cada pessoa chega ao consultório com um motivo específico, mas, no fundo, todas buscam a mesma coisa: entender a si mesmas. A psicoterapia individual pode ter diferentes propósitos—tratar um trauma, lidar com uma psicopatologia, quebrar ciclos repetitivos de comportamento, melhorar a comunicação ou enfrentar desafios nos relacionamentos. Mas, independentemente do motivo inicial, o processo sempre conduz ao autoconhecimento.
A primeira sessão não é apenas um encontro introdutório; ela marca o início da construção de um mapa diagnóstico. O terapeuta começa a observar padrões, captar nuances e identificar os elementos centrais da história da pessoa. Não há pressa, não há certo ou errado—apenas um espaço seguro para que cada palavra, cada silêncio e cada emoção possam ser acolhidos.
A mágica da terapia acontece na comunicação. Muitas vezes, um insight surge ao escutar a própria voz narrando uma situação. Outras vezes, a fala do terapeuta traz um novo ângulo para algo que parecia insolúvel. A linguagem, ali, é ferramenta de transformação—e isso inclui tanto as palavras ditas quanto as que ficam no ar, esperando o momento certo para serem compreendidas.
Com o tempo, a terapia se torna um exercício profundo de compreensão e mudança. O que parecia confuso começa a fazer sentido, e aquilo que antes pesava no peito ganha novas perspectivas. O passado deixa de ser uma sentença, o presente se torna mais habitável, e o futuro, menos assustador.
E se no início houver receio, dúvida ou resistência, é normal. O autoconhecimento pode ser desconfortável, mas também libertador. A jornada não precisa ser solitária, e a terapia está aí para oferecer apoio e direcionamento.
O mais importante é lembrar: buscar ajuda é um ato de coragem. Se a primeira experiência não parecer ideal, não desista. Nem todo terapeuta será a conexão certa, e tudo bem! O essencial é continuar buscando até encontrar aquele espaço onde a escuta faz sentido e o processo flui. Afinal, quando o match acontece, o caminho do autoconhecimento se torna mais leve, transformador e, por que não, até divertido. 😉
Lindalva M Pereira
Psicanalista Clínica/ SJCampos - SP
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